Gestalt Terapia

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A Gestalt Terapia é uma forma de psicoterapia que nasceu nos Estados Unidos na década de 1950. Os principais fundadores são Frederick Perls, um psiquiatra e psicanalista alemão imigrado nos Estados Unidos, sua esposa Laura Perls, doutora em Gestalt Psicologia, e Paul Goodman, professor de universidade americano, filósofo e homem de letras. A abordagem teórica foi apresentada num livro fundador, Gestalt Therapy, publicado em 1951 nos Estados Unidos.

A Gestalt Terapia veio para a Europa na década de 1970. O termo « Gestalt » vem do verbo alemão « gestalten » que significa « formar, dar uma estrutura ».

Como o terapeuta trabalha?

O terapeuta gestaltista trabalha basicamente com o contato e as interrupções de contato. Por exemplo, quando um paciente se refere a sua dificuldade de intervir em uma reunião, o terapeuta, ao invés de procurar a razão pela qual o paciente tem essa dificuldade, prefere convidá-lo à identificar o que, na situação da reunião, lhe parece estar ameaçando, bloqueando. Ao « desdobrar » com o paciente sua experiência tal qual ele está vivendo, imagens — presentes, passadas ou lembranças — podem surgir e chegar à sua consciência. O fato da pessoa verbalizar o que está vivendo e sentindo permite uma transformação da experiência. Novamente em reunião, ela verá — e viverá — a situação de maneira diferente, sem saber exatamente como essa mudança ocorreu.

A especificidade da Gestalt Terapia

Na Gestalt Terapia, a « psique » se localisa no contato, isto é, entre o organismo e o ambiente. Este é o lugar onde a experiência acontece. O que nós somos é o resultado desses contatos sucessivos que, de experiência em experiência, vão se tornar uma espécie de « fisiologia secundária » e, assim, constituirão nossa maneira de « estar com » o ambiente. O que acontece no intra-psíquico é considerado como consequência desses contatos sucessivos.

Uma nova imagem de si mesmo e de sua experiência

Assim, o processo terapêutico se baseia na experiência atual do paciente. O terapeuta vai estar atento ao « como » acontece e não ao « porquê ». Ele acompanha o paciente passo a passo, facilitando a verbalização do que está vivendo, sentindo e, assim, na consciência de como os bloqueios se estabelecem, funcionam ou desaparecem, e como as modalidades habituais estão operando.

A descoberta de novas perspectivas se torna possível e, pouco a pouco, a pessoa vai poder viver a situação presente de maneira diferente.